Chamados a dar testemunho de uma esperança ativa e criativa

O SENHOR é a minha FORÇA ao Senhor o meu canto,
n’Ele está a minha salvação
n’ Ele eu confio e nada temo, n’Ele eu confio e nada temo.

Esperança é uma dimensão fundamental da vida humana. Aquela   dimensão que faz de nossa vida uma obra inacabada e uma tarefa permanente.

Sem esperança a vida humana se torna impossível. O homem é “um ser da esperança que, por ‘n’ razões, se tornou desesperançado”. Mas a esperança renasce sempre de novo, quando menos se espera e de onde menos se espera. E a razão última ou a fonte última dessa esperança, como indicou o Papa Francisco na encíclica Laudato Si’, é a presença salvífica e re-criadora do Espírito de Deus no mundo.

Pensemos naqueles dois grandes anciãos do Evangelho, Simeão e Ana: nunca se cansaram de esperar e viram o último trecho do seu caminho abençoado pelo encontro com o Messias, que reconheceram em Jesus, levado ao Templo pelos seus pais.

Esperança que transforma o mundo é uma esperança ativa e criativa que se faz resistência e luta cotidianas.

Resistência crítica na denúncia, no enfrentamento e na luta contra toda forma de opressão, injustiça, exploração e negação de direitos. Resistência criativa na construção de novos padrões e novas formas de atividade económica (agroecologia, economia solidária, tecnologias sociais etc.), de novas relações de gênero, da cultura da solidariedade, de articulação das forças populares, de cultivo da dimensão místico-espiritual.

A esperança sozinha não transforma o mundo. Não basta querer e sonhar. É preciso ousar, arriscar, inventar… Permanecem unidas “estas três coisas: a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor” (Cor. 13,13).

Nós pomos a nossa esperança só em Deus e sabemos que Ele é suficientemente poderoso para remover todas as dificuldades.

Chamados a dar testemunho de uma esperança ativa e criativa, provada na cruz, regada com sangue martirial, sustentada e dinamizada pelo Espírito do Senhor que “a partir de baixo” vai reciclando/refazendo/recriando a vida.

Achamos a Cruz, mas também achamos a graça e o auxílio de Deus. Ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansa dos e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos” (Mt. 11, 28).

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