No dia 15 de agosto, celebramos a solenidade da Assunção da Virgem Maria, que ao ser elevada ao céu em corpo e alma, conclui a sua missão terrena como mãe de Jesus e modelo de fidelidade e virtude para todos. Este dia ganha ainda mais significado para a nossa Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, com a Profissão Religiosa de 7 Irmãs, que se realizou pelas 12h na Sé de Aveiro, onde pronunciaram publicamente o seu sim a Deus, de forma livre e corajosa.
Na homilia desta celebração, D. António Moiteiro interligou a vida e a missão Dominicana, que está muito presente na História e na cidade de Aveiro. Ao professarem nesta solenidade, recordamos o exemplo de Maria que foi perfeita na obediência e entrega a Deus e à Sua vontade. Por isso as nossas Irmãs não caminham sozinhas, serão sempre acompanhadas por Maria que guia os seus passos. Recebendo a graça da sua proteção e a coragem para renovar continuamente seus compromissos da primeira profissão, são convidadas a seguir o exemplo de Maria, acreditando que também é possível alcançar a vida doando todo o nosso ser ao criador. Esta celebração permitiu-nos também recordar e renovar o nosso próprio sim.
Este dia irá ficar gravado na nossa memória e no nosso coração. Sentimos uma grande alegria, emoção e gratidão pelo dom da vocação religiosa e por este grande sinal de esperança para a Congregação e para a Igreja. Este momento representa um compromisso pessoal de cada uma das Irmãs com Cristo e com a missão da Congregação, mas também o crescimento da nossa família religiosa.
Para nós, como Irmãs junioras mais velhas desta Congregação, é de braços abertos e com imensa alegria que recebemos as nossas sete Irmãs mais novas como junioras. Iniciam agora uma nova etapa no caminho formativo, que proporciona a continuação de um crescimento mútuo e da partilha fraterna. Comprometemo-nos, portanto, a caminhar juntas nesta caminhada espiritual de entrega total a Deus.
A diversidade cultural enriquece esta celebração tendo em conta que estas sete Irmãs vêm de dois países: seis Irmãs de Timor e uma Irmã do Brasil. Esta pluralidade reflete o carácter universal da Igreja e da nossa Congregação, mostrando como o chamamento de Deus transcende as fronteiras geográficas e culturais, unindo os corações de diferentes nações numa só família religiosa. Estas Irmãs aceitaram com coragem o convite de Jesus para servirem a Deus e aos irmãos longe do seu país de origem, o que exigiu delas uma inculturação e uma grande confiança em Deus. Quando confiamos em Deus, Ele ilumina o nosso caminho, mesmo nos momentos de maior escuridão. Louvado seja Deus por continuar a chamar e a enviar novas vocações para a Sua messe.
Que Maria Interceda por estas nossas Irmãs no início desta nova etapa. Que consigam “contemplar e dar aos outros o fruto da contemplação” a exemplo de S. Domingos, que como S. Catarina de Sena sejam construtoras de paz nas famílias e no mundo, e que inspiradas em Madre Teresa de Saldanha procurem “fazer o bem sempre e onde seja possível”.
Ainda antes de nascermos
Deus já nos conhecia e amava
Já estava ao nosso lado
E sabia com o quem contava.
Enquanto íamos crescendo
Colocou-nos no coração
O desejo de O seguirmos
E de O amarmos em cada irmão.
Com a escuta da Palavra
No recolhimento e oração
Deus foi dando sinais
E tocando o nosso coração.
Até que chegou o momento
De responder com verdade
O nosso sim a Deus
Para fazermos a Sua vontade.
Umas responderam logo
Outras foram ponderando.
Mas Deus encaminhou-nos
E a vocação foi clarificando.
Confiando que Deus nos guia
E rezando com humildade
Tornámo-nos Dominicanas
Pela Sua bondade.
Seguindo os passos de S. Domingos
Que orava sempre sem sessar
Procuremos tal como ele
O Evangelho anunciar.
Defendendo a Igreja
Com coragem e determinação
A exemplo de S. Catarina
Entreguemo-nos de coração.
E como Teresa de Saldanha
Que foi uma grande mulher
Digamos: “Ofereci-me a Jesus
E então Ele fará de mim o que quiser”.
Nos colégios, nos hospitais
Nas casas de acolhimento,
Nas paróquias, por onde passarmos
Aliviemos o sofrimento.
Eduquemos e cuidemos
Como a Madre Fundadora
Que ao fazer o bem
Foi sempre acolhedora.
Abraçando a missão
Que a cada uma nos confia
Sirvamos Deus em cada irmão
Com generosidade e alegria.
Pelas Irmãs Juniores