Por que nós rezamos?

Quer ao homem digital, quer ao homem das cavernas, as questões sobre a origem e o fim da vida e de tudo o que existe sempre se apresentaram.

O homem como “ser religioso por natureza e vocação”, o significado e as formas de Oração foram aspetos pontuados na reflexão com as formandas, na última semana. Tratou-se da Oração como “diálogo de amor” com um grande amigo.

Nestes dias 9, 10 e 11 de abril, no Convento das Irmãs Escravas da Eucaristia e da Mãe de Deus, em Fátima, as Irmãs do Noviciado Internacional de Aveiro, juntamente com a Mestra, Irmã Clarinda Gaspar, e as Irmãs junioras, Irmã Irene Tamele e Irmã Augusta Andrade, estiveram reunidas com Irmãs de outras congregações no encontro promovido pelo Internoviciado Nacional (ITN).

O diretor espiritual do Seminário de Caparide – Patriarcado de Lisboa, Padre Filipe José Rocha dos Santos, foi quem ministrou o tema da Oração às 71 participantes, entre postulantes, noviças, junioras e mestras de treze diferentes congregações atuantes em Portugal.

Ancorado na Tradição da Igreja, o Pe. Filipe disse que a motivação profunda que leva o ser humano a buscar por respostas existenciais e a orar – seja qual for a sua manifestação religiosa – é sempre o natural anseio por algo que está além de si mesmo e do que pode ser percebido no Universo da matéria. Sendo finito, procura pelo infinito; sendo físico, procura pelo transcendente; sendo humano, procura por Deus. Segundo ele, é por isso que o homem reza.

Apresentou também a novidade do Cristianismo quando se trata de Oração: o sujeito dessa busca. Para os judeus e para os cristãos, aquele que toma a iniciativa não é o homem, mas Deus. Os cristãos creem, rezam e ensinam que o Criador de todas as coisas vem ao encontro da humanidade, entra na História como homem e procura se relacionar com cada um.

Nessa perspectiva, a Oração cristã, mais do que uma busca por Deus, é a resposta do homem Àquele que lhe “bate à porta”. Como dizia Teresa de Jesus, santa carmelita do século XVI e doutora da Igreja: “Outra coisa não é a oração senão tratar de amizade – estando muitas vezes a sós – com quem sabemos que nos ama”.

A proposta que fica para a prática desse diálogo amoroso é o pedido de Jesus à padroeira das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena: “Faz-te capacidade de acolhimento e eu me farei torrente em ti”.

Noviciado Internacional das Irmãs
Dominicanas de Santa Catarina de Sena

 

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