A alegria verdadeira nasce do Amor de Deus

Depois de ter participado no encontro sobre a alegria de ser Dominicana de Santa Catarina de Sena, a Ir. Irene Maria Augusto M. da Silva refere que:

“A alegria de ser Irmã Dominicana de Santa Catarina de Sena, é verdadeiramente uma Alegria que não tem preço e só Deus conhece o seu valor real. Juntamente com a alegria existem desafios que nos acompanham em todos os momentos durante a vida e que nos convidam/desafiam a viver uma vida rumo à santidade.

A alegria de ser Dominicana, bem como a de todos os cristãos, «não implica a ausência da cruz», mas esta dá-nos a capacidade de recriar a vida em profunda união com Cristo Ressuscitado, ao longo da vida, sobretudo nos momentos mais difíceis e nos pequenos acontecimentos do quotidiano. «A ausência da alegria prejudica gravemente a união com Deus e o relacionamento com as outras pessoas a curto, médio e longo prazo.»”

 

Além do mais, ao confrontar-se com os conteúdos das Irmãs que intervieram no encontro do dia 23 de março, a Ir. Irene ressalta que “Outras expressões de alegria poderiam ser manifestadas, mas as citadas são aquelas que se destacaram da apresentação da Irmã Solange de Carvalho, aliadas à partilha das Irmãs e da experiência pessoal.

 

– Alegria? Alegria em quê?

 

– A alegria verdadeira nasce do Amor de Deus: Deus-Pai, Deus-filho;

– A alegria é fruto de Deus-Espírito Santo;

– A alegria de ser filha de Deus;

– A alegria de crescer numa família feliz;

– A alegria de pertencer a uma paróquia missionária que anuncia a Alegria do Evangelho;

– A alegria de ler a vida em confronto com a Bíblia;

– A alegria de ser chamada por Deus;

– A alegria da paixão por Cristo e pelas pessoas;

– A alegria de deixar-se surpreender pelo Espírito Santo;

– A alegria de superar com fé e esperança os momentos difíceis;

– A alegria do discernimento vocacional;

– A alegria dos primeiros anos de formação;

– A alegria da Primeira Profissão;

– A alegria de amar a Deus e de Servi-Lo através das pessoas;

–  A alegria do Serviço e da Missão;

– A alegria da contemplação e da comunhão;

 – A alegria da perseverança;

– A alegria da Profissão Perpétua;

– A alegria de ser encontrada/amada por Jesus;

– A alegria do encontro e da partilha na comunidade /entre Irmãs;

– A alegria “vem de dentro” e é preciso dar alegria aos outros sem querer/ter nada em troca;

– A alegria de transportar Cristo Vivo aos outros;

– A alegria da fidelidade e da gratidão…”

E porque a alegria nunca foi, nem será linear na vida humana, a Ir. Irene fala do outro lado da “moeda”, nos seguintes termos: “«A tristeza não existe, esta é ausência de alegria, afastamento de Deus e perda de sentido para a vida»; e da capacidade de confronto/aprendizagem a partir das nossas próprias fragilidades; quando estas “dores/medos” se tornam focos, em vez de oportunidades novas de fazer caminho, caminhando de acordo com a vontade divina. 

Quando aceitamos a nossa vulnerabilidade deparamo-nos com N desafios que são nada mais, nada menos do que oportunidades para crescer na santidade e na “alegria de ser toda de Deus” (Teresa de Saldanha)

 

Desafios? Que Desafios?

– Não perder a centralidade em Cristo Jesus;

– Permanecer na intimidade com Deus a nível pessoal/comunitário;

– Aprender a retirar algo positivo em todas as circunstâncias;

– Viver em permanência o valor da gratuidade;

«Ó vós, todos que tende sede, vinde às águas …vinde sem dinheiro e sem custo» (Is.55,1)

– Arriscar novas missões, entregar tudo a Deus e Confiar.

 «Não posso», «Não sou capaz» não deve ser dito por uma religiosa. (Teresa de Saldanha);

– Ser uma voz que clama no deserto sem medo de ir/ser conta-corrente;

– Admitir e aceitar as cruzes que fazem parte da estrada ao longo da nossa vida;

– Não se deixar levar/acomodar pela correria do dia a dia;

– Estar no mundo, sem ser do mundo e escutar a Deus: «Eu estarei convosco todos os dias até ao fim dos tempos.» (Mt.20,28);

– Viver os Votos no dia a dia com Alegria, Fé, Esperança, e Caridade em comunhão com Deus e união com as pessoas, a quem transportamos Cristo ressuscitado;

– Não deixar que nos roubem a alegria de ser de Deus, e só de Deus;

– Ter a coragem de «sair de Deus para levar Deus aos outros» sem perder nunca o foco «n’Alegria de ser toda de Deus» em todos os tempos e lugares;

– Olhar o/a outro/a como a Cristo e Cuidar dele/a – dando tudo o que somos e temos.

–  Existir no Mundo e na Igreja, por meio do Carisma da Congregação: «Fazer o bem sempre.»;

– Cultivar aprofundando o sentido de pertença à Congregação, Província e Comunidade;

-Vivenciar e compartilhar a experiência de ser feliz como Dominicana;

– Ser fiel, com e como Maria n´alegria do Sim quotidiano;

–  Seguir o exemplo da Mãe de Jesus como modelo de vida e de pregação;

– Ser mensageira da paz, da alegria «sempre e onde seja possível»;

– Viver focada em Deus e no Seu plano de Salvação, de Felicidade para toda a Humanidade.

 

Não podemos desperdiçar a alegria de estarmos juntas, quer pessoalmente quer a de forma virtual, afinal vivemos no mesmo projeto de Deus. A alegria que levamos para fora de casa, para a missão começa na comunidade e se alarga às pessoas com quem nos cruzamos no dia a dia, na vida.

A alegria maior de ser Dominicana de Santa Catarina é «Ser toda de Deus» e deixar Deus atuar/agir na nossa vida. A alegria de ser dominicana é fruto da intimidade com Deus; Como diz São Paulo «somos da Raça de Deus». As Irmãs vivem em diferentes etapas da formação, comunidades, países, continentes, razão pela qual os encontros e as partilhas de vida são chaves que abrem portas e janelas para vivermos a alegria de uma forma mais plena. Os desafios constituem competências a melhorar, e ao mesmo tempo metas variadas, que nos indicam o caminho da santidade, no qual é necessário investir, investir sempre com alegria, confiança, paciência … com paixão inquebrantável por Cristo Jesus e pela missão que Ele nos chama a realizar em cada dia ao longo da vida. É necessário contagiar a alegria aos outros e também deixarmo-nos contagiar pela alegria das outras pessoas. A Madre Fundadora, viveu a alegria, contagiou a alegria e incentivou as irmãs a viverem na alegria, neste sentido dizia: «não gosto de ver caras tristes.»”

 

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