“Ai de mim se não evangelizar!” (I Cor 9, 16)

O que me motivou a ser religiosa, foi o desejo de ajudar os pobres, os doentes e anunciar o evangelho.

Tudo começou quando era catequista da Paróquia do Santíssimo Nome de Maria, em Cassipela, Benguela. Num belo dia, após a catequese, o pároco mandou-me chamar, perguntou-me se nunca tive o desejo de ser religiosa, e eu respondi logo que tenho desejo. Ele, então falou-me da vocação, usando a passagem biblica do jovem rico.

No dia mundial das vocações, realizou-se um encontro vocacional orientado pelo Padre Costório na sede paroquial e convidaram-me para participar na mesma actividade vocacional com os jovens e adolescentes. A minha participação no encontro foi o ponto de partida, onde senti bem forte a voz do Senhor : “Vai, vende tudo …vem e segue-me” (Mt 19,21).

Qualquer chamado implica uma resposta, ou sim ou não. Olhando e sentindo bem as necessidades, urge responder o sim. Não é perda porque de certo é um ganho. Duas semanas depois, entrei no grupo vocacional e comecei a participar na missa todos os dias, rezar as laudes, terço e as véperas na paróquia. Assim a sementinha vocacional foi se desenvolvendo pouco a pouco com a graça de Deus.

Depois de 6 meses no grupo vocacional iniciava-se a ida às aldeias para as actividdeas pastorais com os padres. Entretanto, depois de 8 meses conheci as Irmãs Dominicas de Santa Catarina de Sena na pessoa da animadora vocacional, Irmã Helena Nduva.

No dia 13 de janeiro de 2013, com muita alegria e entusiasmo, entrei na Comunidade Santa Catarina de Sena, Gulungo-Alto, dando início ao aspirantado. Nesta etapa, a experiência foi muito boa, visto que, desenvolvi a minha vida vocacional, humana e espiritual.

Comecei o postulantado na Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, na casa de S. José km9. Depois de um ano de apostulante, o Senhor chama-me a começar uma nova etapa. Para mim foi motivo de muita alegria e emoção. o que eu senti dentro do meu âmago, não consigo exprimir, o dia da minha tomada de Hábito. O ambiente foi de muita calma e bem preparado pelas Irmãs. Daí, a minha gratidão.

Deus pronunciou o meu nome e eu disse sim: “o meu único desejo é seguir a voz de Deus” (Teresa de Saldanha). O meu estágio foi na Comunidade Nossa Senhora de África-Dundo. Foi um tempo único e importante para a minha vocação, visto que, vivi os apelos do Senhor no quotidiano, marcando a presença pastoral. Fui bem acolhida pelas Irmãs da comunidade. Nesta relação, sentia o amor que aquela Comunidade tinha por mim, sobretudo, o amor que vinha de Deus.

Na comunidade, ocupei-me dos trabalhos de casa. Ao mesmo tempo trabalhei com as crianças do grupo da Infância Missionaria, o grupo da PROMAICA (Promoção da Mulher Angolana da Igreja Católica), com os jovens e com a catequese. Eu como noviça do segundo ano, com fogo de testemunhar Cristo  ressuscitado, não podia fechar o coração.

No dia 5 de Janeiro 2020, tive a alegria de emitir a minha primeira profissão na paróquia Nossa Senhora do Rosário km9. “Não há assunto mais importante para nós, senão, a nossa vocação”(Teresa de Saldanha). Após a minha profissão, fui enviada para a Comunidade São Domingos de Gusmão, Cacuso, onde actualmente assumo as responsabilidades de Secretária da Comunidade, animadora vocacional, assistente espiritual dos seguintes grupos: coro central da paróquia, S. Agostinho, Liga Missionária, coordenadora da Catequese, visita aos doentes e professora de Religião.

Agradeço a todas as Irmãs por tudo o que têm feito na minha vida espiritual e humana, de forma geral, e de forma específica a Comunidade de S. Domingos de Gusmão.

Muito obrigada!

Ir. Maria da Conceição Hungulo Gonçalves, angolana

Scroll to Top