Jornada Mundial da Juventude 2023 – Antes, Durante e Depois

A 37ª Jornada Mundial da Juventude 2023 move os corações dos fiéis da Igreja diocesana de Lisboa e os de todo mundo.

Na qualidade de anfitriões, todas as paróquias de Lisboa compartilharam uma missão comum: entusiasmar os membros das comunidades paroquiais, comunidades religiosas e as famílias, para abrirem suas casas e corações, de modo a criar as condições necessárias ao acolhimento do Santo Padre e de todos os outros peregrinos da JMJ 2023. Envolveram crianças, jovens, adultos e idosos, que em espírito de fraternidade universal, rezaram, se comprometeram, se dedicaram e esperaram bons frutos. Tudo acontece em três perspetivas: antes, durante e depois da JMJ 2023.

Antes. Por ocasião do início da peregrinação dos símbolos da JMJ no Patriarcado de Lisboa, D. Manuel Clemente pediu ao povo com insistência para «Acolher e acreditar». E em cada Paróquia, os párocos procuraram reforçar esse apelo. Nesta perspetiva, os fiéis concretizaram diversas iniciativas alusivas aos preparativos da JMJ. Quer a nível pessoal como a nível de famílias e grupos, inscreveram-se como voluntários e procuraram corresponder aos apelos dos seus párocos.

A jovem Ana Mara Pereira da Silva, lisboeta, 21 anos de idade, pertence à Paróquia Santa Beatriz da Silva, em Lisboa. Inscreveu-se como voluntária paroquial, ela e a sua família. A nível pessoal ela fez parte da pastoral catequética e teve a responsabilidade de dinamizar as catequeses dos dias 2, 3 e 4 de agosto de 2023 na paróquia. “Tenho ajudado na preparação, dinamização e realização das catequeses Rise Up, de preparação para as Jornadas”, disse ela. E a sua família inscreveu-se como família de acolhimento.

Para além da movimentação das paróquias e famílias, houve outras iniciativas que envolveram ativamente os jovens de todo mundo.

A jovem religiosa Ana Margarida Lucas, 38 anos, conta que o seu envolvimento na JMJ foi sobretudo como voluntária a tempo inteiro no COL (Comité Organizador Local) desde janeiro, no contact center. Foi enviada pela sua Congregação – Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena – para esta missão de estar ao serviço da JMJ a 100%. Trabalhou na equipa de acolhimento ao peregrino e voluntário, no atendimento de chamadas e resposta a e-mails.

“Atendemos nas cinco línguas oficiais da JMJ, embora eu só faça atendimento em português. São muitas aventuras que enchem os nossos dias, muitas as dúvidas que tentamos responder. Recebemos até agora mais de 5500 casos através de mails e chamadas…”

Durante. As duas jovens, viram concretizadas as suas expectativas ao longo deste magno encontro juvenil. “Estou bastante expectante, não só pelo impacto que terá em mim e nos outros jovens, mas também no nosso país, acho que o rejuvenescerá e (re)abrirá portas de diálogo importantes. Acho que será marcante pois, para além de ser um evento único na nossa vida – por ser nosso país -, penso que poderá ser também um marco na história da Igreja em Portugal, vejo a possibilidade de muitos serem chamados de volta à casa” (Ana Mara).

Por sua vez, a Ana Margarida expressou o seguinte: “Acredito que vai ser um momento muito forte para todos aqueles que nele participarem, seja como peregrinos, voluntários ou como famílias de acolhimento”. Frisou ainda que “é impossível passar por este encontro e permanecer igual na relação com Deus e com a Igreja…”.

A verdade é que desde o primeiro ao último dia, as pessoas moviam-se às pressas e todos queriam ouvir e até mesmo tocar o Santo Padre.

Foi um momento de muita emoção.  Todos os peregrinos juntos com o Santo Padre percorremos os caminhos de Lisboa. Muitos dos seus apelos, deixaram marcas na nossa vida: “resplandecer, escutar e não ter medo”; “todos, todos, todos”; etc.

Depois. A JMJ 2023 prolonga-se na vida. “… um daqueles momentos da minha vida em que há um antes e um depois. Espero que fortaleça a minha fé, renove a minha razão de a viver, me relembre da verdadeira universalidade da nossa Igreja e disponha à minha frente a magnitude do nosso bom Deus que em agosto de 2023, em Lisboa, chamou os seus filhos a uma união que poucas outras vezes durante a vida voltarão a sentir” (Ana Mara).

Para a Ana Margarida: “… neste momento, o grande desafio que se coloca é encontrar estratégias concretas de envolvimento dos jovens na Igreja e na sociedade. “Os jovens precisam de se continuar a sentir envolvidos na Igreja. Precisam de se sentir parte desta família… há que pensar em como os podemos continuar a envolver, como é que eles podem continuar a ser protagonistas do hoje, como diz o Papa Francisco”. Disse ainda que a geração JMJ deseja continuar a ter a ação nas mãos; quer ser ouvida pelos mais velhos, mas também quer fazer algo.

“Não basta só ser escutado, é importante continuar a capacitar, a responsabilizar os jovens. A fazer caminho com eles, a torná-los parte integrante da vida da Igreja. Não é pensar atividades para os jovens, mas pensar atividades com os jovens…”. Ana Margarida faz referência à passagem dos discípulos de Emaús como um grande ensinamento. “Jesus escutou os discípulos, caminhou a seu lado, explicou-lhes as escrituras, sentou-se a mesa e depois partiu e eles voltaram a Jerusalém, anunciando o que tinham experienciado. Assim, deve ser a nossa relação com os jovens, caminhar lado a lado, experimentando o mesmo amor filial de Jesus, para que depois eles mesmos sejam evangelizadores de outros jovens”.

E a presença do Papa Francisco em Portugal de 2 a 6 de agosto, por ocasião da 37ª Jornada mundial da juventude, continua a falar alto na vida e na missão dos jovens.

O livro “Todos, todos, todos – Discursos e Homilias do Papa Francisco – JMJ Lisboa 2023, está a ser grande fonte de inspiração.

S.G.

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