Ser Profeta hoje, à maneira de Domingos de Gusmão e de Teresa de Saldanha, foi o tema que norteou os trabalhos das 23 Irmãs Capitulares da Província Nossa Senhora do Rosário. Reunidas em Fátima, nos dias 18-30 de agosto de 2023, sob a presidência da Madre Geral, Ir. Rosilene Linares, as Irmãs, em espírito de fé, de fraternidade e de partilha, sondaram as necessidades da missão da Igreja/Congregação, nesta Província.
Os resultados foram apresentados em duas fases:
A primeira decorreu no dia 23 de agosto, por ocasião da eleição da Superiora Provincial e o seu Conselho, para um mandato de 4 anos. A Ir. Alzira Rodrigues Ferreira foi reeleita para um segundo mandato. Com ela foram eleitas e apresentadas a toda a Congregação as seguintes Irmãs membros do seu Conselho:
Ir. Maria do Rosário Pais Catarino Silva – 1ª Conselheira e Vigária
Ir. Suzana Tchilombo – 2ª Conselheira
Ir. Maria de Fátima Gonçalves Noro Vieira – Secretária
Ir. Maria Manuela Carvalho e Sousa – Ecónoma.
Na segunda fase, a 8 de outubro de 2023, no Restelo, aquando da festa da Província e da Superiora Provincial, foram apresentadas às Irmãs da Província, as Atas do XVII Capítulo Provincial. Trata-se de um conjunto de determinações que resultaram do estudo e reflexão das Comissões Capitulares, com o objetivo de ajudar as Irmãs a dar respostas às necessidades da missão.
O Frei Mário Rui, OP, enriqueceu a sessão ao apresentar sua visão analítica das duas prioridades do Capítulo Provincial.
A propósito da primeira prioridade – Ser profeta, alargando a tenda do nosso coração, acolhendo todos, todos, todos – o Frei Mário Rui ressaltou a importância dos três verbos contidos nesta prioridade: ser, alargar e acolher. Baseando-se em palavra do Frei Timothy Radcliffe, Op, referiu que:
SER profeta significa dizer a verdade e olhar para a realidade com os olhos de Deus; falar sinceramente das alegrias e dos sofrimentos do mundo; requer um conhecimento disciplinado capaz de resistir à tentação de usar a Palavra de Deus e o ensinamento da Igreja para os nossos propósitos.
ALARGAR a tenda do nosso coração é incluir os outros nas nossas relações, eles e as suas preocupações, necessidades, e assim por diante. Finalmente, ACOLHER todos, todos, todos.
Quanto à segunda prioridade – Assumir com convicção a necessidade de partilhar com os leigos a liderança das nossas obras – o Frei enfatizou a importância de convivermos com as pessoas numa lógica de partilha, partilhar a vida, o carisma e a missão. E elas se sentirão chamadas ao nosso carisma. No que diz respeito à partilha da liderança, é bom fazer primeiro, em algum sítio, uma experiência piloto e gradualmente ir avaliando, e perceber aos poucos, o que se pode melhorar. Deste modo o nosso carisma poderá florescer mais e em muitos lugares.
Neste momento, em que as decisões do Capítulo foram apresentados, cabe a todas as Irmãs e colaboradores, a responsabilidade de arregaçar as mangas e, num clima de multiculturalidade e de interculturalidade, estudar, refletir e implementar na vida e na missão, o que foi determinado no Capítulo, autoridade máxima da Província. A assistência de Deus estará sempre presente. Basta fazermos a nossa parte.
S.G.
