O que significa ser membro da FAMÍLIA DOMINICANA foi o tema que norteou o encontro que refrescou o carisma dominicano nas mentes dos participantes do encontro do dia 26 de maio de 2024. As quatro vozes intervenientes frisaram aspectos importantes que ilucidaram a nossa identidade, nós que pertencemos a uma família chamada “Dominicana”.
- A voz da Ir. Ízide Santina Vecchi, Dominicana de Santa Catarina de Sena, soou a partir do Brasil. De maneira dinámica e com exemplos concretos pontuou que, fazer parte de uma família pode trazer uma grande variedade de experiências e emoções ao longo da vida. Implica vivermos de uma mesma espiritualidade, com uma longa história, cultura, tradição; Termos uma missão comum e a nossa é a pregação com suas “mil” formas de pregar; fazemos parte de uma grande “rede”, uma grande família. Destacou como aspectos fundamentais da Espiritualidade Dominicana – Oração, Vida comunitária, Estudo, Pregação, Democracia (forma de eleger e governar), Profecia (anúncio e denúncia)…
- A voz espanhola de Carlos Fernando Beltrán, Jovem Dominicano da Colômbia, definiu a identidade do membro da Família Dominicana em três ideias fundamentais – querer ser parte, comprometer-se em ser parte e manter esse compromisso, sendo membro comprometido até à morte.
- A Ir. Graça Maria de Deus, Monja Dominicana de Angola, começou por fazer eco “como é bom e agradável viverem os Irmãos em harmonia” (Salmo 132/133). Sendo africana pertencente à cultura bantu definiu a Família Dominicana à luz da amplitude e profundida da Família Bantu. É a família que confere sentido, consistência e identidade ao individuo. Pertencer à Família Dominicana é uma grande responsabilidade; somos uma grande familia espalhada pelo mundo – Frades, Monjas, Irmãs de vida apostólica, Sacerdotes, Jovens e Leigos. Cada ramo prega a compaixão e a misericódia de Deus. O nosso carisma, a PREGAÇÃO, é sempre atual, o nosso lema, a VERDADE, uma profecia. Somos chamados a cumprir com a nossa responsabilidade – contemplar e dar o fruto do contemplado…
- Por fim, o Luíz Santos, Leigo Dominicano de Portugal, partilhou que ser membro da Família Dominicana é num primeiro momento pertencer a Cristo. Após a leitura dos livros sobre a regra de vida do leigo dominicano e o Santo que me encantou, sentiu-se ligado à Família Dominicana, a qual definiu à luz da famílica trinitária do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Como cristão encontrou na família dominicana as balizas que o orientam. Somos uma pequena parcela da igreja onde temos a nossa forma específica de anunciar Jesus Cristo. Falou do ACOLHIMENTO mútuo e da LIBERDADE como características da Família Dominicana…
Mensagem da Madre Geral – Ir. Rosilene Linares – aos Participantes
“Neste tempo, caracterizado por grandes mudanças e novos desafios à missão evangelizadora da Igreja, Domingos, pode servir de inspiração para todos os batizados que, como discípulos missionários, são chamados a alcançar cada “periferia” do nosso mundo com a luz do Evangelho e o amor misericordioso de Cristo. (Papa Francisco, 2021)
Desejo que este momento de ENCONTRO e REFLEXÃO seja uma oportunidade para experimentarmos a ALEGRIA de fazermos parte da FAMÍLIA de Domingos de Gusmão, cuja espiritualidade e carisma apostólico continua vivo há mais de oito séculos.
Domingos que sem se cansar, viveu de procurar o Senhor; que sempre falava com Deus e de Deus; que acolhia cada homem no grande seio da caridade e, dado que amava todos, todos o amavam…
Domingos, homem do ENCONTRO e do DIÁLOGO, «terno como uma mãe, forte como um diamante», nos ajude a trilhar o caminho da santidade na certeza de que o dominicano começa o seu caminho de santidade juntamente com o outro, e juntamente com o outro leva-o ao cumprimento. Por isso,
Seguir Domingos, significa entrar juntos na “Via das virtudes”, e levar todos os seres humanos para dentro do abraço trinitário. Significa tornarmo-nos nós próprios o “lugar” do abraço de Deus ao mundo, vivendo a caridade da verdade e a verdade da unidade. Através do maravilhoso desafio da comunhão de vida.
De Fátima, acompanho-vos com as minhas orações e unidade.”
SG.
